quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fechamento da Changhe pode ameaçar o Effa M100





Os ditados populares vivem mostrando sua força, mas um dos mais cruéis, “alegria de pobre dura pouco”, parece querer provar que continua valendo, até no mundo dos automóveis. Isso porque o carro mais barato do Brasil, o Effa M100, que vem completinho (com toca-CD, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos e travas elétricas) por R$ 22,98 mil (não exatamente o valor que um pobre possa pagar), acabou de perder sua fábrica na China. A Changhe Automobile, que fazia o carrinho, desistiu de fazer automóveis.

Como o mercado na China é extremamente competitivo e tem muitos fabricantes de veículos, vem acontecendo uma consolidação de mercado, com as empresas mais fortes absorvendo as menores. No caso da Changhe, que pertence à AviChina Industry & Technology Co., ela preferiu enveredar pelo ramo dos aviões e comprou da China Aviation Industry Corp duas unidades aeroespaciais. Em troca, ela deu à China Aviation, que controla a Hafei Auto, sua unidade automotiva.

Teoricamente, portanto, a Hafei poderia tocar a produção do M100, mas o fim do braço automotivo da Changhe encerra também a joint-venture entre ela e a Suzuki, que fornece a tecnologia e o motor do M100. A parceria vinha dando prejuízo e a Suzuki não via a hora de poder encerrar o negócio.

O caso é que a Hafei já é fornecedora da Effa. A linha ULC, baseada nos Newzhongyi, é produzida por ela. Daí a continuar produzindo o M100 para a Effa e também para a NICE Car, que o venderá no Reino Unido como Ze-O, um carrinho elétrico, seria um pulo. Resta ver como ficará o imbróglio jurídico.

Reportagem: Web Motors

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