Crise tira Honda para fora das pistas

Takeo Sukui garante que a Honda vai abandonar a Fórmula 1 no final deste mês, na sequência da crise económica que se tem espalhado por todos os cantos do planeta. A marca japonesa competia consecutivamente desde 2000, primeiro associada à Bar, e sozinha desde 2006, ano em que, por intermédio de Jenson Button, conquistou, na Hungria, o último grande prémio. Na derradeira temporada, Rubens Barrichello e o inglês somaram apenas 14 pontos, equivalentes ao penúltimo lugar no Mundial de construtores. «A Honda tem de proteger as suas actividades de «core business» e assegurar o longo prazo, visto continuarem a aumentar as incertezas nas economias a nível mundial. Espera-se que a recuperação demore ainda algum tempo. Nestas circunstâncias, a Honda tomou medidas rápidas e flexíveis para contrariar o enfraquecimento súbito e crescente dos mercados em todas as áreas de negócio. Contudo, reconhecendo a necessidade de optimizar a distribuição dos recursos de gestão, incluindo investimentos futuros, decidimos abandonar a nossa participação na Fórmula 1. Estabelecemos diálogos com todos os colaboradores da equipa Honda Racing F1 e com a Honda Racing Development, fornecedora de motores, em relação ao futuro das duas empresas e incluímos a proposta de venda da equipa», afirma Sukui presidente da Honda Motor, em comunicado divulgado à comunicação social. No entanto, a marca japonesa espera que seja encontrado um proprietário que pemita a participação no Grande Prémio da Austrália, prova que abre a próxima temporada a 29 de Março: «Nas últimas 12 horas, tivemos três propostas de pessoas sérias que sugeriram que queriam comprar a equipa. Por isso, esperamos que possam estar em Melbourne. Por outro lado, Jenson Button tem contrato connosco e se encontrarmos novos proprietários, esperamos que possa continuar», afirma Nick Fry, CEO da Honda. Fonte: Auto Hoje