quarta-feira, 26 de março de 2008

Toyota quer nova fábrica e carros mais baratos para crescer

A elevada dependência da matriz na tomada de decisões atrasou os planos de crescimento da Toyota no Brasil. Sem carros na faixa de preços abaixo dos R$ 60 mil, a montadora, que tem 2,8% das vendas de veículos no país, desistiu da idéia de conseguir ser dona de 10% desse mercado até 2010, uma projeção referendada pelos representantes da companhia ao longo da última década.

Enquanto o projeto de um carro mais barato não chega, a Toyota se esforça para recuperar a liderança no segmento de mercado do Corolla, no qual a Honda passou à frente com o modelo Civic porque se apressou para renovar a linha bem antes.

O gerente geral de vendas, Longino Morawski, calcula que a oferta mensal do modelo Corolla vai subir da média de 2,9 mil unidades em 2007 para algo em torno de 4,5 mil. O executivo calcula que a fila de reservas feitas antes da chegada do carro, nesta sexta-feira, deve ter pelo menos 7 mil clientes.

Nos últimos 10 anos, a Toyota investiu US$ 1,3 bilhão no Mercosul, somando o que foi aplicado nas instalações do Brasil e da Argentina, onde tem uma fábrica do modelo utilitário Hilux. Hoje a montadora japonesa produz em 26 países. Mas foi no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), que instalou a sua primeira atividade industrial fora do Japão, em 1962. Das cinco décadas de operação no país, quatro delas foram dedicadas quase que exclusivamente à produção do Bandeirante, veículo utilitário famoso até hoje pela robustez, mas que já está fora de linha de produção desde 2001.

Fonte: Jornal Valor Econômico

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